Presidente do TJ diz que Nível Superior para escreventes “causará impacto financeiro muito grande”

27/05/2024

O presidente do TJ-SP, Torres Garcia, durante a inauguração do 2º JEC, em Osasco – Foto: Flick TJ-SP

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Fernando Torres Garcia, disse que uma eventual implementação do Nível Superior para escreventes irá causar um “impacto financeiro muito grande” ao TJ-SP.

A fala foi dada ao ser questionado sobre o tema, pela assessoria de imprensa da Apatej, durante a inauguração do 2º Juizado Especial Cível (JEC), que aconteceu na última sexta-feira, 24/05, na cidade de Osasco.

“Tenho acompanhado, conheço o pedido. Quando cheguei vi alguns colegas servidores na porta do fórum fazendo esse pleito. É outra solicitação que causará impacto financeiro muito grande”, destacou.

Torres Garcia enfatizou que apoia a demanda, desde que haja dinheiro. “Quanto mais qualificados e valorizarmos o nosso servidor, melhor”, avaliou.

Entretanto, para ele, somente após o estudo detalhado desse impacto financeiro poderá se posicionar melhor sobre a possibilidade de concessão ou não.

Por conta de outros compromissos o presidente do TJ-SP não chegou a dizer se há estudos recentes da equipe técnica envolvendo o tema. O que existe é uma comissão que trata do Nível Superior para os Escreventes, formada por um grupo de dirigentes das entidades e representantes da cúpula do TJ-SP, da qual a Apatej faz parte.

Nível Superior para Escreventes

Recentemente, em artigo publicado, o presidente da Apatej, Ednaldo Batista, destacou que o Tribunal de Justiça de São Paulo conta com mais de 90% de seus servidores com nível superior.

Um dos motivos que levou os servidores aprimorarem seus estudos, segundo Ednaldo, é a incrementação salarial com o recebimento do adicional de qualificação.

Ednaldo lembra que a própria modernização do Tribunal, com uma verdadeira revolução tecnológica ocorrida nos últimos anos, que muito beneficiou os que se socorrem do sistema judicial, fez com que os servidores também acompanhassem essa evolução.

Ou seja, a qualificação profissional tornou-se além de uma necessidade, uma obrigação.

Para ele, o Nível Superior para Escreventes é bom para os servidores, para o Tribunal e para os jurisdicionados que encontrarão profissionais ainda mais bem preparados para atender suas demandas.