Relatório de CPI do Senado diz que Previdência Social não tem déficit

25/10/2017

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, senador Hélio José  (PROS-DF), apresentou, na segunda-feira, 23, o relatório final dos trabalhos ao colegiado, com a conclusão de que a Previdência Social não é deficitária, mas, sim, alvo de má gestão.

Segundo o senador, “está havendo manipulação de dados por parte do governo para que seja aprovada a reforma da Previdência”. Ele acrescentou que “quando o assunto é Previdência, há uma série de cálculos forçados e irreais”.

Em 253 páginas, o relatório destaca que o “maior e mais grave problema da Previdência Social vem da vulnerabilidade e da fragilidade das fontes de custeio do sistema de seguridade social”. No documento, o relator destaca que, “antes de falar em déficit, é preciso corrigir distorções”.

Outro trecho do documento ressalta que “a lei, ao invés de premiar o bom contribuinte, premia a sonegação e até a apropriação indébita, com programas de parcelamento de dívidas (Refis), que qualquer cidadão endividado desse país gostaria de poder acessar.

Votação

Após um pedido de vista coletiva – mais tempo para analisar o parecer – o relatório precisa ser votado até o dia 6 de novembro, quando termina o prazo de funcionamento da comissão. Antes da votação final os membros da CPI podem sugerir mudanças no documento. (Da Agência Brasil)

“Governo federal usa nosso dinheiro para contar mentiras para nós mesmos”, diz presidente da Apatej

“O governo federal vem gastando milhões em publicidade na TV, jornais, revistas, rádio, etc, para convencer a população que temos déficit na previdência. Usa o nosso dinheiro para contar mentiras para nós mesmos, sendo que a própria CPI do Senado Federal concluiu que não a déficit”, observa o presidente da Apatej, Mario José Mariano, o Marinho.

“Sendo assim, esse projeto de reforma da Previdência é única e exclusivamente para beneficiar empresários e bancos, fazendo com que o povo brasileiro trabalhe até morrer, sem conseguir ter acesso ao direito à aposentadoria e usufruir com dignidade a terceira idade após tanto trabalhar durante a vida toda para pagar a conta da má gestão no sistema previdenciário brasileiro”, afirma Marinho.