Na tarde desta segunda-feira, 06/11, o Corregedor Geral de Justiça e também candidato à presidência do TJ-SP, Desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, recebeu representantes de entidades de classe para uma conversa.

Na ocasião a Apatej esteve representada pelo seu tesoureiro Mario Jose Mariano, o Marinho.

Dentre as principais demandas apresentadas pelos dirigentes destacam-se a retomada do Instituto de Remoção; a contratação de mais servidores; apoio na Assembleia Legislativa para a aprovação de projetos de interesse dos servidores – como o nível universitário para os escreventes; majoração do auxílio-saúde; pagamento das perdas salariais e a criação de diálogo permanente com a categoria através das Comissões Paritárias.

A reunião durou cerca de 40 minutos. Torres Garcia assumiu um compromisso – caso eleito – de manter o dialogo permanente com a categoria, priorizar investimentos em tecnologia, visando um quadro de servidores mais qualificados e melhor remunerados.

Ele também enfatizou que irá trabalhar politicamente junto a Assembleia Legislativa de São Paulo para tramitação e aprovação de projetos de interesses de magistrados e servidores.

Sobre o pedido de contratação de mais servidores, mencionou que a atual gestão abriu concursos e que a expectativa é que aproximadamente 4 mil servidores tomem posse no biênio 2022/2023, mas reconhece que o quadro ainda é insuficiente.

Em relação ao auxílio-saúde, Torres Garcia concordou que o valor é insuficiente para pagar um plano de saúde e comprar remédios.

Fernando Antonio Torres Garcia foi magistrado no Cartório do Júri de Osasco na época que a Dona Mercedes era Diretora. Marinho, da Apatej, também trabalhou na mesma unidade cartorária por 33 anos.

Outro ponto importante para a categoria, o trabalho remoto, foi tema da conversa. Uma queixa dos servidores é a utilização de equipamento pessoal para a realização do trabalho.

O Corregedor então lembrou dos riscos envolvidos no fornecimento de equipamentos do TJ-SP. “Segundo departamento de tecnologia do TJ-SP, por questões de segurança, não podemos fornecer equipamentos próprios do Poder Judiciário, pois estarão suscetíveis a ataques uma vez instalados fora da rede interna do Tribunal”, explicou.

Em sua fala Marinho enfatizou a importância da retomada do Instituto de Remoção. Segundo ele, essa é uma das pautas mais importantes da categoria e que o TJ-SP precisa de um olhar atento para a questão.

Marinho citou como exemplo um servidor que trabalha no Fórum de Juquiá, mas mora em Peruíbe.

“Ele viaja 150 km por dia e gasta cerca de 2 mil reais em combustível por mês. Esse e outros casos poderiam ser resolvidos com o Processo de Remoção”, destacou.

Torre Garcia se comprometeu a priorizar essas demandas destacando que “o Processo de Remoção tem que ter critérios e regras que atendam as necessidades do TJ-SP e dos servidores”.

As eleições no TJ-SP acontecem na próxima quarta-feira, dia 08/11. Além de Fernando Antonio Torres Garcia também concorre à presidência da Corte o atual vice-presidente, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger.

Imagens: André/Assojuris