TJ-SP lança programa “Multiplicadores eproc” para auxiliar na transição de sistemas
O objetivo é criar uma rede interna de apoio e conhecimento para auxiliar na transição de sistemas.
14/07/2023
A Apatej – juntamente com outras 14 entidades de classe – participou na manhã desta quinta-feira, 13/07, de uma reunião no TJ-SP.
A Apatej foi representada por seu presidente, Ednaldo Batista, e pelo seu secretário-geral, Mario José Mariano, o Marinho. E o encontro, apesar de convocado pelo presidente do Tribunal, Ricardo Mair Anafe, foi conduzido por juízes assessores e secretários da presidência.
A ausência de Anafe acabou ditando o tom do encontro. Cada dirigente que tinha a oportunidade de falar destacava o sentimento de frustração com a falta do presidente.
Isso porque, apesar da importância dos juízes assessores, as demandas, quando apresentadas diretamente ao presidente, tem maior chance de serem atendidas.
Direitos dos Servidores
Os descontos por horas e pelo dia parado durante as paralisações de junho foram alvo de questionamentos dos dirigentes. A Lei 7.783/1989 e o artigo 9º da Constituição Federal, que garantem o direito à greve dos trabalhadores, foram evocados por alguns deles.
Entretanto, segundo o juiz Ricardo Dal Pizzol, a posição de Ricardo Anafe sobre os descontos – bem como em relação à greve ou paralisação – estas teriam amparo legal por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Apesar disso a falta será considerada justificada.
No quesito aumento de salário ele destacou que a folha de pagamento mensal dos servidores contabiliza R$ 774 milhões e que o acréscimo de apenas 1% já causaria um impacto de aproximadamente R$ 80 milhões a mais no orçamento.
Jornada reduzida
Segundo o juiz-assessor Alexandre Andretta dos Santos, o TJ-SP deve regulamentar em breve um modelo excepcional de jornada reduzida para servidores em caso de doenças, principalmente de dependentes. A ideia, entretanto, ainda carece de ajustes.
Sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acerca da contagem de tempo para efeito de licença-prêmio durante a pandemia, os juízes disseram que o TJ-SP irá estudar juridicamente a questão para avaliar sua viabilidade.
A respeito do PLC 30/2013 – proposta enviada pelo então presidente do TJ-SP, Ivan Sartori, para a Alesp – que versa sobre a recomposição de 10,55% para os servidores, sendo parcelada em 5 anos, com pagamento de 2% ao ano, eles assinalaram que o Tribunal não é contra a proposta, mas que a questão é política e que cabe ao governador de São Paulo e aos deputados da Alesp avaliarem a viabilidade.
O PLC 30/2013 está parado e ainda não foi apreciado pelos deputados.
Mais espaço para negociação
Outro assunto bastante debatido pelos presentes foi a necessidade de se estabelecer uma mesa de negociação entre o TJ-SP e as entidades de classe.
Para Ednaldo Batista, o retorno das comissões paritárias, principalmente a de Orçamento e Finanças, Assédio Moral e Remoção e a adoção de uma mesa de negociação é indispensável para que o diálogo entre o Tribunal e os servidores flua.
“Este modelo de reunião, em que não há diálogo, mas apenas perguntas e respostas rápidas, não têm funcionado”, destacou. “Precisamos discutir um a um os temas, mas separados por urgência, e com mais tempo e a chance de argumentarmos”, continuou.
Já para Marinho, os servidores – representados pelas entidades de classe – precisam começar a participar das decisões do TJ-SP, decisões que impactam diretamente suas vidas, como a construção do orçamento, por exemplo.
“A demanda dos servidores é por um TJ-SP mais horizontal, um tribunal que tome decisões sabendo de fato o que o seu funcionário, que está lá na outra ponta, precisa”, finalizou.
Imagens: TJ-SP
O objetivo é criar uma rede interna de apoio e conhecimento para auxiliar na transição de sistemas.
Com interface unificada, a plataforma visa facilitar a consulta e a comunicação entre os diversos atores do sistema judicial.